AGU acata pedido de nova autópsia em Juliana Marins
- Eduardo Meirelles
- 1 de jul.
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A Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu cumprir voluntariamente o pedido de nova autópsia no corpo de Juliana Marins, jovem brasileira que morreu durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A medida, solicitada pela Defensoria Pública da União a pedido da família, tem como objetivo apurar com precisão a causa e o momento da morte, diante de dúvidas levantadas sobre o atendimento prestado e as informações oficiais prestadas até o momento.
A decisão da AGU é interpretada como um gesto de respeito à dor da família e uma tentativa de garantir maior transparência no processo. O exame será realizado assim que o corpo chegar ao Brasil, com a previsão de que a necrópsia ocorra em até seis horas após o desembarque. A família contesta a certidão de óbito emitida no exterior, que aponta que a morte ocorreu cerca de 20 minutos após a queda, mas não especifica o dia exato nem detalha as circunstâncias.
Imagens captadas por drones sugerem que Juliana teria sobrevivido por um período mais longo do que o indicado nos documentos oficiais. Esse possível desencontro de informações levanta dúvidas sobre a efetividade do resgate e a eventual existência de omissão de socorro. A realização de uma nova autópsia, com rigor técnico e sob supervisão nacional, é vista como uma forma de garantir a verdade dos fatos e avaliar possíveis responsabilidades.
A AGU, ao se antecipar a uma eventual judicialização, sinaliza comprometimento institucional com os direitos da família e com a elucidação completa do caso. A Polícia Federal também ofereceu apoio logístico para o traslado e os procedimentos periciais. Além disso, está prevista uma reunião entre órgãos públicos para definir as etapas seguintes.
O caso de Juliana Marins reacende o debate sobre a assistência consular a brasileiros em situações de risco no exterior e a necessidade de protocolos internacionais mais eficazes em casos de acidentes em áreas remotas. Para a família, a nova perícia representa não apenas a chance de esclarecer a causa da morte, mas também um passo essencial em busca de justiça e reparação moral.






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